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Poemas Escritos elw
O poeta Euler Luther Walkan na Rua dos Caetes em Belo Horizonte poetizando cenas urbanas!
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Conforme Suspiro Eu Confirmo
Foi ao ar mais uma vez meu suspiro
Por um encanto que alguém bem fez
Num entardecer que num doce giro
Fiquei aos pés de um amor impreciso.
Quero soltar a minha voz pra dizer
Que não vou ficar naquele abandono
E Conforme suspiro eu confirmo com prazer
Que o meu amor é você e não me engano.
Existem belas flores pra eu te enfeitar
Existem estrelas pra eu te iluminar
Naquele jardim onde fiz nosso paraíso
Ali está sua eterna estátua em belo sorriso.
Nos meus perfeitos espelhos te vejo
Em reflexos nas águas de um incrível lago
Não há anjo mais belo em gracejo
E aqui eu sei que eu muito te mereço.
Terminamos nós dois assim, no quarto do amor.
Jamais quero o fim dessa felicidade em nova flor.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Cama Estranha
Entrei com o olhar turvo em algum quarto que não era meu,
Minhas veias dopadas de absinto envenenam minha mente,
Em meus dedos sinto a parede fria, não lembro desse breu,
Em minha alma confusa parece que minha sombra morreu.
Senti no cheiro úmido das cortinas aromas de cravos mortais,
Num desequilíbrio, o tropeço, meu corpo ao chão contorceu,
Inconsciência depois da hora morta e invoquei luminosidade,
Silhuetas negras imóveis definiram-se em imagens conceituais.
Percebi quietudes entre névoas que passavam pela janela,
Cansado, arrastei-me a uma cama estranha sem sentinela,
Sacudi ratos e traças daqueles panos velhos e poeirentos.
Uma presença maligna rondava meus sentidos desatentos.
Deitei debilitado com fome e sede mas confortável relaxei,
Envolveu-me com força própria os tecidos em abraço sufocante,
E das minhas carnes foram absorvendo minhas energias, chorei.
Um fantasmagórico beijo frio deu aos meus lábios, arrepios.
Soltei um grito pavoroso que ecoou pelo fosso do meu abismo,
Minha mansão era a cova em que me enterrei por comodismo,
E não sentia meu sangue correr nos meus débeis pulsos.
Mas não me conformei até o pérfido odor podre das flores
Convencer-me da minha morte em pequenos detalhes avulsos.
De repente na escuridão arrastaram-me sem compaixão
Para o eterno pântano negro da minha profunda desilusão
Até que os lençóis afrouxaram-se libertando minha respiração
Voltei então para o meu antigo canteiro de lameados esquifes,
E para aliviar incendiei as setas das vielas aos malditos muquifes.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Boa Noite Confortável
Durma bem com seus olhos imersos na escuridão da noite,
Mas que nisto o anjo bom com suas asas negras como o infinito
Cubra o seu corpo e sua alma impedido seu declive ao abismo negro.
Cortinas caladas, quase damas adormecidas vigiarão as janelas
Para que o vento noturno com sua invisiblidade presença não as açoite
Na ilícita tentativa absurda de invadir o seu quarto confortável.
Permanece suave o som do seu respirar enquanto navega em sonho,
Num mundo agora de eclipse total, estrelas riscam o céu do seu sonhar
E suas mãos de titânio capturam todas para montar um castelo zuriquenho
Onde viverá com o seu grande amor a história que em lenda se tornará.
Não vingarão pesadelos em pantanos terríveis e de aspecto medonho.
Dos seus jardins de rosas negras brotarão iluminados sentimentos
Protegidos por fontes de pura ametista que jorram mortais venenos.
Seus passos em movimento de leves plumas tem seus consentimentos
Para que possa chegar por entre a neblina ao seu seguro lar mor
Onde não se vê de lobos obscuros aqueles indesejáveis e meros acenos.
Arrepia sua pele onírica numa chuva de profecias ácidas que sufocam seus atos
Mas o seu grito no meio da noite desperta outras sombras para intensa fuga
E não se pode sentir ali por perto rondando, inocentes mas miseráveis ratos
E a calmaria bem-vinda retorna com a batida tranquila do seu coração.
Neste instante drenará do seu lago as sensações de indeseja ilusão.
Elevará acima das nuvens carregadas de iras vãs as suas virgens razões
Onde verá ao primeiro sinal da aurora o horizonte de suas novas emoções
E dos seus olhos adormecidos brotarão puras e íntegras lágrimas
Ao seu despertar sentirá deitado ao seu lado o dono das tantas rimas
Que com sua voz morna declamou os poemas com os quais você sonhou.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Promessas Sem Teor.
Você disse que a dor iria passar
Mas foi uma mentira para se livrar
Daquela sua palavra tão falsa
Nem quis dançar comigo a valsa.
Você jurou que a estrela do amor
Nunca iria cair matando uma flor
Mas eu vi sem nenhum engano
Que o brilho das suas promessas é sem teor.
Não quero ouvir nem o seu sussuro,
Como posso ser o seu grande amante,
Não confio, o seu mundo e tão obscuro.
Como saber se são boas as suas intenções?
Se no fim de tudo so vejo desilusões.
Você confirmou que a lua sincera
Seria nossa madrinha guardiã
Mas o luar se apagou no que era
A chama da nossa romantica filosofia.
Você nos guiou num barco frágil
Que no meio do lago deixou naufragar.
O sonho, a fantasia, e tão ágil
Criou asas, voou, te perdi na visão.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Atiro No Foço Seus Falsos Elos.
Através dos seus olhos
Invado sua fria alma e dentro dela
Quebro vários espelhos
E atiro pela janela suas mazelas
Através dos seus sentimentos
Entro no seu coração e dentro dele
Arranco ervas daninhas
E atiro no foço seus falsos elos.
Se minto pra você é pra não te ver sofrer
Se arranco sua roupa é pra não se esconder
Atrás das suas lágrimas falsas
Quando você está em frágeis balsas.
Através dos seus pensamentos
Levo você a girar dentro de outros ventos
Até liquidificar suas dores seus tormentos
Não permito ainda que morra nos meus braços.
Através dos seus lamentos
Posso entender seus apegos
Não quer deixar o mundo evaporar ao seu redor.
Seus braceletes de ouro não te protege
Dos seus desejos tolos.
Se rondo o seu muro de tantas agonias
Consigo diluir as suas manias
Em momentos que é escaça sua valentia
Quero pra você outras luzes
Longe daquelas negras cruzes.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Assinaturas De Rubros Vestígios.
Olhei assinaturas atestando revoluções
Percebi gotas de sangue manchando razões
A gota do meu suor diluiu rubros vestígios
E vi perdões nos olhares de distintos patrícios.
Observei descer do céu lágrimas celestes
Até que lavaram canais de distúrbios inesquecíveis.
Corri ofegante pela grama cheia de lama pra ver
Os possíveis restos terríveis que haveriam de ter,
Mas rapidamente evaporaram as mágoas perecíveis.
Não suporto demagogias atrás de ideologias.
Não defendo apologias para ilicítas manias.
Alguns temidos tremores nas bases das lógicas
Fizeram meus ideais suportarem ondas trágicas.
Amarrei com cipó dourado as minhas libertárias asas
E pulei ao abismo azul de minha alma tão pálida.
Consegui livrar-me daquele mal dizer no coração
Investi na alegria de ver livre toda a minha emoção.
Não tem cheiro de carne velha nos meus sanados porões,
E agora eu posso ir na velocidade de muitos furacões.
Não permitirei dedos apontados para as minhas soluções.
Não conciliarei aos meus sentimentos arcaicos padrões.
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Poema de Euler Luther Walkan 2012®elw
Hoje Estou Sensível á Beleza.
É o sopro do vento na folha
É a onda beijando fria areia
É meu sentimento pulsando
É o poder natural da escolha
Do que eu posso fazer pra ver
O belo que me seduz porque
Hoje estou sensível á beleza.
É o fascinante peixe ornamental
No aquario do meu jardim natural.
É a chuva leve molhando um origame
É o som mudo do voo livre da ave
É o céu da noite chamando meu olhar
Para admirar da lua o incrível luar
Na minha emoção eu vou chorar
Hoje estou sensível á beleza.
É o rosto bonito do meu sério amor
Domando minha terna lembrança.
É a voz perfeita do humilde cantor
Chicoteando o meu mole coração.
É o seu corpo em dança surpreedente
Naquele palco sob a luz tão ardente.
Sei, hoje estou sensível á beleza.